Os Dois Pilares da Mudança
Lead: Uma grande mudança, para ser bem sucedida, deve se apoiar igualmente em dois pilares: a ciência da realização e a arte da plenitude. Neste artigo eu explico como sustentar um movimento de transição com equilíbrio, cuidado e criatividade.
Uma grande mudança, para ser bem sucedida, deve se apoiar igualmente em dois pilares: a ciência da realização e a arte da plenitude.A ciência da realização é o aspecto OBJETIVO da mudança. Chamo de ciência porque ela envolve padrões e regras que invariavelmente produzem resultados para todo e qualquer indivíduo. É ato vinculado. Uma vez preenchidos os requisitos o resultado acontece.
Atender ao aspecto objetivo depende apenas da habilidade individual de ter uma visão precisa da meta a ser alcançada; de conhecer os padrões seguidos por pessoas que já atingiram patamares de sucesso e; seguir esses padrões à risca. A ciência da realização tem regras isonômicas: não importa quem seja você, ou qual seu histórico. Se você seguir seus preceitos, seu projeto prospera. Se você violá-los, ele mingua.
Por exemplo, se suas despesas forem maiores que a sua receita por um tempo considerável e sem plano de contingência, do ponto de vista financeiro, sua mudança tende a fracassar. Ou então se você decidir mudar, mas negligenciar o planejamento e a estratégia do seu novo projeto, provavelmente você desperdiçará recursos (de tempo, dinheiro e energia) que poderão fazer falta mais adiante. Pouco importa sua idade, gênero ou orientação político-econômica. Tampouco interessa quão experiente você seja, ou quão bom seja o projeto. A regra é clara.
Entretanto, o aspecto objetivo da mudança consome muita energia. Exige disciplina, consistência e, quase sempre a revisão de antigos hábitos. Daí, a importância do pilar da arte da plenitude.
A arte da plenitude compreende o viés SUBJETIVO do mudar. É ela quem garante a manutenção do equilíbrio e da harmonia em meio ao stress da alternância. Como qualquer forma de arte, sua apreciação funda-se em gostos individuais. O que vale para um indivíduo, pode não valer para o outro. Não há receitas, neste caso.
Para descobrir a forma de arte que está por trás de uma mudança bem sucedida, é preciso autoconhecimento. Torna-se, portanto, mandatório investigar os valores, o propósito e a missão que serão instrumentalizados pela transformação. A questão não é mais o quê se busca atingir, ou a meta que se pretende alcançar, mas a sensação que se deseja experimentar com a mudança.
Quando existe clareza sobre os valores que se quer vivenciar, qualquer sacrifício demandado para a consecução da ciência da realização passa a valer a pena. Ao fim, a conta fecha.
A arte é que traz energia, excitação, alegria, beleza. Sem arte temos apenas a sensação de dever cumprido. Com arte, experimentamos satisfação. Sucesso sem plenitude, como diria Tony Robbins, é a melhor forma de fracasso. Não há destino pior do que alcançar todos os objetivos e ao final não se sentir realizado.
Quantas vezes você conseguiu o que queria e logo em seguida pensou ‘legal. isso é tudo?’? Essa insatisfação pode ser até pior que falhar. Quando falhamos e sabemos de fato o que estamos buscando, ainda existe motivação para tentar mais uma vez. Quando não, a motivação se esvai e o dever passa a pesar nos ombros. O plano de mudança resta deficitário.
Pretende assegurar a presença da ciência da realização? Instrua-se e entre em ação.
Quer manejar habilmente a arte da plenitude? Investigue-se e ponha-se em direção ao seu porquê.
Ambiciona sustentar uma mudança e sentir-se realmente satisfeito com o resultado? Equilibre-se entre os dois pilares.